Quando falamos em produtividade, engajamento e bem-estar nas empresas, a maioria das soluções ainda se concentra em processos, metas ou métodos de gestão. Mas e se o que realmente está travando ou impulsionando os resultados estiver nas relações, mais especificamente, na forma como as pessoas se conectam, colaboram e se complementam?
Conexões que constroem resultados
Nem todo bom profissional forma uma boa dupla com qualquer colega. E isso não tem a ver apenas com afinidade ou simpatia. A maneira como cada pessoa pensa, sente e age está diretamente relacionada à sua base cerebral, ao estilo cognitivo e à forma como lida com desafios, pressão, estrutura ou improviso.
A neurociência já demonstrou que algumas áreas do cérebro influenciam diretamente nossas preferências de comunicação, tomada de decisão, ritmo de trabalho e até mesmo o quanto valorizamos rotina ou novidade. Quando essas diferenças não são reconhecidas, as relações se tornam fontes de atrito, ainda que silenciosas.
Predisposição relacional: Uma nova lente para construir equipes
Com base nessas descobertas, o Sigma_PRO atualizou sua metodologia para mapear não apenas a relação dos conflitos e a produtividade, mas também a predisposição relacional entre membros de uma equipe. Essa abordagem permite identificar:
- Relações convergentes: mais fluídas, fáceis, com sinergia natural, ideais para ambientes dinâmicos e colaborativos.
- Relações complementares: menos óbvias, mas altamente produtivas quando bem mediadas, por trazerem diferentes formas de pensar e agir para a mesma tarefa.
- Relações com alto potencial de conflito: que pedem mais atenção, mediação e clareza de papéis, mas que se bem geridas, podem se transformar em impulsionadoras da inovação.
Esse olhar não é sobre gerir conflitos, e sim sobre planejar com mais consciência como cada combinação pode favorecer (ou dificultar) determinada entrega, ambiente ou liderança.
A importância do autoconhecimento nas relações profissionais
Saber com quem você se relaciona é importante. Mas saber como você se relaciona é ainda mais estratégico. O desenvolvimento de equipes alinhadas exige líderes e profissionais que tenham consciência de suas próprias predisposições: você tende a ser mais direto ou diplomático? Prefere decisões rápidas ou processos participativos? Lida melhor com autonomia ou colaboração intensa?
Esse autoconhecimento evita ruídos e acelera os ajustes de rota quando há desavenças, algo inevitável em qualquer grupo humano.
Estratégia relacional: Um novo pilar da gestão de pessoas
Inserir o fator relacional no centro da gestão de talentos não é uma tendência, é uma evolução. Ao integrar dados cerebrais e comportamentais nos processos de formação de equipes, realocação, promoções e até recrutamento, o RH passa a atuar de forma mais estratégica e menos reativa.
E o melhor: cria-se um ambiente de confiança mútua, onde as diferenças são compreendidas, aproveitadas e respeitadas — e não mais vistas como barreiras.